DOIS MUNDOS DIFERENTES

DOIS MUNDOS DIFERENTES

(Marco Ramos)

Objetos de desejo, e de desejos indiscretos

Amando sem medidas, nas barreiras que podem quebrar

Pois são dois corpos que de prazer estão repletos

São dois mundos, em duas maneiras de amar...

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Que se tocam, buscando formas diferentes

O sentindo máximo que o prazer pode alcançar

A paixão diferenciada que a alma transcende

Mas são dois mundos, que podem lhes diferenciar...

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São objetos de seus desejos, e muito se desejam

E isso faz com que busquem mais aproximação

Transformado-os em um só quando se beijam

Chegando a ser plenos ao tentar alcançar a perfeição...

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Mas são dois mundos, e mundos muito diferentes

Que se fazem iguais ao encontrar a paixão

E transpiram na sua química nada reticente

Ao arderem no fogo, alcançando sua sublimação...

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Objetos de desejo são as mãos, cinturas e cabelos

Esparramados na cama, são quadris, seios e pernas

São dois mundos diferentes, mas iguais em seus apelos

São naus a deriva, mas um único navegante que aderna...

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Mares de paixão, em que a razão sem razão se afoga

E quando morre, faz neste corpo sua ressurreição

Revivendo a dádiva, quando outra vez se interroga

Sob os estranhos mundos, que foram unidos pelo coração...

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Mas são dois mundos tão diferentes, tão desiguais

Que pelo amor se unem para lutar, fazendo-se idênticos

Voando nas asas dos sonhos, sobre mundos irreais

Mas acordando na cumplicidade que os torna autênticos...

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Porque são objetos de desejo, e se desejam até no olhar

E seus corpos querem muito mais o que a alma sente

Dois mundos diferentes, que são unidos na maneira de amar

Dois seres diferentes, como a mão que planta e a semente...

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E é a mesma semente que um dia se tornará flor

E é a mesma mão que um dia há esta flor vai apanhar

São fatores diferentes, assimilando um mesmo amor

Unindo a dois mundos, em sua capacidade de amar...